A era do vinho consciente, inovador e voltado às novas gerações
As novas gerações estão constantemente conectadas e compartilham suas opiniões e experiências nas redes sociais. Uma das novidades mais sólidas é a ascensão dos vinhos sem álcool ou de baixo teor alcoólico. O público jovem vê nessas versões uma forma de ampliar repertórios de consumo sem abandonar preocupações de bem-estar e rotina saudável.
Cores dos vinhos: o que elas revelam sobre a bebida
Se você é um consumidor frequente de vinho, certamente não faltaram conteúdos, anúncios, lives e eventos virtuais com influenciadores no seu feed durante a quarentena. Pesquisas apontam que os jovens das gerações Y (millennials) e Z estão entre os maiores consumidores de alimentos naturais e livres de aditivos artificiais. A vinícola também se destaca pela pesquisa e resgate histórico no uso de barricas de madeiras nativas brasileiras, como castanheira, cedrinho e ipê, conferindo aos vinhos uma autenticidade e delicadeza únicas. O projeto é um exemplo de inovação e compromisso com a sustentabilidade, oferecendo vinhos de qualidade que respeitam o terroir e a natureza. O projeto integra práticas sustentáveis, com vinhedos orgânicos, produção de vinhos naturais e queijos artesanais de ovelha.
Enquanto o volume total de consumo continua em queda — cenário já observado há anos em mercados como Estados Unidos, Itália, França e Reino Unido — os jovens estão no centro de uma transformação silenciosa. Ao contrário da percepção de que estariam se afastando da categoria, eles vêm se tornando os principais responsáveis pela sustentação do mercado de vinhos de alto valor. Simples, vivemos tempos de “fast & furious” e obviamente os tranquilos não tem “torque” para que um percentual destas gerações assim o sintam e aqui não existe espaço para sustentabilidade.
O Dia Nacional da Saúde e Nutrição é uma oportunidade não apenas para refletir sobre esses avanços, mas também para impulsionar a transformação de hábitos e garantir um futuro mais saudável para as próximas gerações. Em 2020, junto a Gabriela Suthoff, decidiram mudar de vida e iniciar uma produção própria de vinhos de vinificação natural em Desvio Blauth. Gabriela é pedagoga Waldorf e chef de cozinha e, juntamente com Leonardo, desenha os vinhos e define a compra das uvas dos parceiros. Além disso, o mercado premium ganha força com iniciativas como a importação do renomado Brunello di Montalcino 2016 Paradiso di Cacuci, um rótulo icônico da Toscana, disponível em edições especiais.
O vinho australiano Andrew Mcpherson Shiraz é produzido pela Mcpherson Family Vineyards, na região de Victoria. O processo de fermentação em tanques de aço inox com braços varredores permite uma leve e constante remontagem, visando extrair mais cor e suavizar os taninos. Ele é envelhecido por 12 meses em carvalho francês e revela aromas intensos de frutas escuras, como cereja preta, mirtilo, ameixa e jabuticaba, complementados por pitadas de pimentas-pretas e doces. Na boca, as frutas maduras, especialmente a ameixa, destacam-se, enquanto o toque apimentado confere ao vinho uma personalidade marcante, harmoniosamente integrada com a madeira.
Possui vasta experiência nesse mercado, envolvido principalmente com a gestão de marcas estrangeiras no Brasil. O storytelling pode transformar a maneira como os consumidores percebem e se conectam com uma marca e essa estratégia pode ser a chave para destacar um vinho em um mercado extremamente competitivo. “A ‘Experiencia Chile’, baseada em nossas paisagens, hospitalidade e enoturismo, ajuda muito a fortalecer a relação com o consumidor brasileiro”, ressalta Angélica Valenzuela. “O brasileiro busca vinhos com identidade, com vulcão, mar, neve, montanhas e deserto, representado claramente o imaginário que o ele tem do Chile”, destaca Angélica Valenzuela. Portugal, país que mais investe no Brasil e líder em vinhos europeus em nosso mercado, também traz novidades para 2025. “A gente está desenvolvendo um projeto de IA voltado para o atendimento do cliente, um motor de recomendação de produtos baseado no seu histórico de compras.
O ESG não se trata apenas de “fazer o bem”, mas também de se diferenciar da concorrência e garantir a sustentabilidade do negócio a longo prazo. A Microsoft tem assumido um papel de liderança no que diz respeito à governança corporativa e ao compromisso social. O ESG não se trata apenas de “fazer o bem”, mas também de se diferenciar da concorrência e garantir a sustentabilidade do negócio a longo prazo. Em um momento de retração no consumo global de vinho, as novas gerações estão sustentando o segmento premium e abrindo caminhos para o futuro do setor. Para atrair o gosto diversificado da Geração Z, a indústria do vinho tem investido em novos sabores, rótulos criativos e embalagens inovadoras.
Também são 3,7 vezes mais propensos a afirmar que navegar nas redes sociais foi a maior influência. Eles também são mais propensos do que as gerações anteriores a usar a Pesquisa Google e conversar com familiares e amigos sobre possíveis compras. Como cresceram gastando dinheiro em produtos digitais, como avatares e skins, esses nativos virtuais são mais receptivos a uma gama mais ampla de produtos digitais. Por isso, para ampliar o mercado, os varejistas terão de investir na educação do consumidor. Entre o público que nunca fez compras em jogos nem adquiriu tokens não fungíveis, cerca de 85% afirmam que nunca fizeram isso pois não entendem a proposta de valor desses itens.
Um novo olhar para o universo do vinho
De Bento Gonçalves a Espírito Santo do Pinhal, de São Roque a Santana do Livramento, o turismo do vinho vem crescendo em número de visitantes, diversidade de roteiros e qualidade das experiências. A mudança de comportamento já influencia o mercado como um todo, levando produtores e estabelecimentos a reverem portfólios e propostas. Para a Geração Z, o vinho é menos sobre tradição e mais sobre autenticidade, leveza e significado. Entre as iniciativas que incentivam a experimentação, destacam-se os Flights de Vinhos Especiais, que permitem ao cliente degustar três rótulos diferentes em taças de 100 ml. Há também opções fixas, como o ‘Voo nas Montanhas’, com foco em vinhos mineiros; o ‘Panorama’, dedicado a produções de um mesmo país; e o ‘Foguete’, voltado a rótulos internacionais. Segundo o especialista, a relação intrínseca da Geração Z com o mundo digital também redefine as estratégias de marketing e descoberta de vinhos.
A nova geração e a busca por escolhas mais saudáveis
O enoturismo sempre foi forte em países tradicionais, como França, Itália e Portugal, e também em produtores mais jovens, como Chile e Argentina. O vinho brasileiro de hoje é menos sobre copiar modelos estrangeiros e mais sobre descobrir sua própria Maxx Select voz. Na Serra da Mantiqueira, vinhos de altitude exploram o frescor e a elegância proporcionados pela dupla poda.
Plataformas de e-commerce e clubes de assinatura aproximam o consumidor dos produtores, oferecendo acesso fácil a diferentes estilos e regiões. Há algo de simbólico, e promissor, no fato de que o vinho brasileiro está sendo redescoberto por jovens tanto no consumo quanto na produção. Mas o fenômeno vem ganhando cada vez mais força no Brasil, com uma cara própria, criativa e diversa, em sintonia com o modo de vida das novas gerações. Hoje, muitas vinícolas entenderam que não basta ter um bom vinho; é preciso oferecer uma história para acompanhar a taça.
Para a Geração Z, o vinho não é apenas uma bebida, mas também um reflexo de práticas e valores. Por fim, além de enriquecer a experiência de compras on-line, as inovações tecnológicas terão papel fundamental para alcançar todo o valor estratégico das lojas físicas. Implementada de forma correta, a tecnologia pode transformar as lojas em palcos onde as marcas ganham vida e em laboratórios para novas ideias – essa é, aliás, uma ótima maneira de atrair novos clientes omnichannel.
Impulsionadas por um acesso mais amplo à informação e pela crescente conscientização sobre os impactos da alimentação na saúde, as novas gerações estão reformulando hábitos alimentares e exigindo opções mais nutritivas, sustentáveis e transparentes. Nesse contexto, torna-se cada vez mais relevante refletir sobre o que comemos e como as escolhas alimentares impactam diretamente a nossa qualidade de vida. Nesta leitura, exploramos como o setor está abordando a Geração Z, analisando as práticas de marketing digital, a criação de produtos inovadores e a valorização da sustentabilidade, fatores que atraem e engajam esses consumidores. Além disso, 61% dos jovens alemães dizem optar pelo consumo consciente ao invés da abstinência total. De um lado, há um público jovem, curioso e engajado, em busca de experiências autênticas. O consumidor jovem quer saber de onde vem o que consome, seja um café, um chocolate ou um vinho.